Xuxa segue invicta: décadas depois, ninguém brilha mais que ela no Brasil

Foto: Michael Fred


Xuxa Meneghel ocupa, há mais de quatro décadas, um lugar raro no imaginário brasileiro: o de alguém que não apenas estrelou programas de televisão, mas que ajudou a moldar a própria cultura pop do país. Desde os anos 1980, a Rainha dos Baixinhos atravessou três grandes emissoras, conquistou argentinos, chilenos, espanhóis e até o exigente público norte-americano, apresentando-se em diferentes línguas com a mesma espontaneidade que sempre encantou o Brasil.

Muita coisa mudou no país (e na vida de cada um de nós) ao longo desse tempo. Mas um fenômeno permaneceu intacto: basta tocar Ilariê para que gerações inteiras, da avó ao bebê no colo, entrem em uníssono. É quase um patrimônio afetivo nacional.

Xuxa segue sendo esse ponto luminoso. Carisma abundante, beleza que se reinventa em cada fase e uma autenticidade que nunca se desgastou: é difícil não se render ao magnetismo que ela exala naturalmente.

E uma prova recente desse brilho aconteceu na noite deste domingo, 23, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Sem anunciar disco novo, sem promover lançamento algum, Xuxa subiu ao palco para um pocket show que encerrou o evento de estreia de uma série em streaming — e transformou o espaço em um raro encontro coletivo de alegria. Fez o público cantar e dançar sucessos que atravessam gerações: Doce MelDança da XuxaParabéns da XuxaArco-Íris e a sempre emocionante Lua de Cristal. Não era marketing, ela não precisa, era pura entrega, generosidade e presença.

Que privilégio é o nosso viver na mesma época de Maria da Graça Xuxa Meneghel, uma artista que, mais do que marcar história, continua iluminando a nossa.