Paquitas brilham como estrelas da noite na Festa PLOC em São Paulo

Ana Paula Almeida e Priscilla Couto se apresentaram no palco do Tokio Marine Hall

Ana Paula Almeida e Priscilla Couto / Foto: Michael Alfredo

Na noite de sábado, 23 de agosto, o Tokio Marine Hall, em São Paulo, abriu suas portas para uma viagem inesquecível ao passado com a Festa Ploc, evento que celebrou duas datas marcantes: os 20 anos de existência da própria festa e os 30 anos da tradicional casa de shows, além é claro, da nostalgia dos anos 80. Durante mais de quatro horas de programação, o público foi embalado por músicas que marcaram a infância e a juventude de milhares de brasileiros, em um encontro que reuniu ídolos, memórias e muita emoção. No entanto, apesar da grande variedade de atrações, quem roubou a cena foram as Paquitas, representadas por Priscilla Couto, a Catuxita, e Ana Paula Almeida, a Pituxita.

As ex-assistentes de palco de Xuxa surgiram como as estrelas da noite, trazendo à memória coletiva a estética vibrante, os figurinos coloridos e a energia contagiante que marcaram os anos 80. Ao entrarem no palco, arrancaram aplausos entusiasmados de um público que, em grande parte, cresceu acompanhando o Xou da Xuxa. Vestidas com trajes inspirados em seus uniformes icônicos, Catuxita e Pituxita não apenas reviveram a imagem imortalizada na TV, mas também se entregaram em coreografias e interações que transportaram a plateia para tempos mais simples e coloridos.

Ana Paula Almeida e Priscilla Couto / Foto: Michael Alfredo

O impacto de sua presença foi sentido em cada detalhe. Nas primeiras fileiras, adultos que já ultrapassaram os 30 e 40 anos vibravam como crianças, muitos filmando com os celulares, outros emocionados a ponto de cantar e dançar junto, como se estivessem novamente na frente da televisão em uma manhã de sábado. Para muitos, o reencontro com as Paquitas simbolizou mais do que um show: foi um mergulho na própria infância, no sentimento de pertencimento a uma geração que tinha naquelas figuras femininas um reflexo de sonho, alegria e esperança.

A noite, porém, não se resumiu a esse momento. O palco recebeu também outros nomes de peso da música brasileira, garantindo uma verdadeira maratona de sucessos. O Trem da Alegria, representado por Luciano Nassyn, trouxe de volta hits que atravessaram gerações e ainda hoje fazem parte do imaginário coletivo, enquanto Zé Henrique, do Yahoo, embalou a plateia com baladas que permanecem vivas mesmo décadas depois. Willie de Oliveira, da Banda Rádio Táxi também marcou presença, além de Daniel Del Sarto que agitou o palco com suas roupas coloridas. A Banda Ploc fez a ponte entre uma atração e outra, enquanto o DJ Dom LV manteve o público aquecido desde a abertura, com uma curadoria retrô impecável. O evento encerrou com Patrícia Marx.

Daniel Del Sarto / Foto: Michael Alfredo

Nos bastidores, o clima era de reencontro e celebração. Muitos artistas, que não se viam havia anos, aproveitaram para trocar lembranças e histórias, reforçando o caráter quase familiar que a Festa Ploc sempre cultivou.

Na plateia, o sentimento era unânime: nostalgia pura. Famílias inteiras se reuniram para viver o momento juntos. Pais levavam filhos pequenos, apresentando a eles as músicas que embalaram sua juventude. Casais dançavam abraçados, amigos cantavam em coro, e todos se deixavam contagiar pela atmosfera que unia gerações diferentes em torno de um mesmo repertório de lembranças.

Ana Paula Almeida / Foto: Michael Alfredo

Apesar da diversidade de atrações, foi inegável que as Paquitas saíram do palco como as grandes protagonistas da noite. Sua presença reavivou memórias, emocionou o público e simbolizou, como poucas vezes se viu, o poder que a cultura pop tem de atravessar o tempo. Ao fim da festa, quando confetes coloridos tomaram o espaço e o público aplaudiu de pé, ficou claro que a magia dos anos 80 segue mais viva do que nunca. E, no centro dessa magia, as Paquitas mostraram que continuam sendo muito mais do que uma lembrança da televisão: são parte fundamental da memória afetiva de uma geração inteira, capazes de transformar qualquer palco em um espetáculo de alegria e emoção.

Priscilla Couto / Foto: Michael Alfredo