Palmeiras enfrenta a violência no futebol: clube pede investigação após ataque a CT
Defesa destaca a importância de punições severas para restaurar a segurança no ambiente esportivo
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Euro Maciel / Foto: Divulgação |
O Palmeiras protocolou um pedido de abertura de inquérito policial após um ataque violento à sua Academia de Futebol, ocorrido na madrugada do último domingo. O episódio, que envolveu o arremesso de explosivos na entrada do centro de treinamento, gerou indignação e levou a presidente do clube, Leila Pereira, a classificar os agressores como "bandidos" e não torcedores.
O ataque é o quarto registrado contra clubes de futebol nos últimos meses, evidenciando uma crescente onda de vandalismo e violência no esporte. "Estamos diante de uma situação inaceitável. Para combatermos esse tipo de vandalismo, é necessário aplicar punições severas e retirar essas pessoas do convívio da sociedade", afirmou Leila Pereira.
O advogado criminalista Euro Maciel Filho, que representa o Palmeiras, reforçou a gravidade da situação ao mencionar que a segurança do clube foi comprometida. "Havia um segurança na guarita que, por pouco, não foi atingido pelos fogos. Estamos analisando a possibilidade de crimes como periclitação da vida e danos ao patrimônio", declarou Euro.
As câmeras de segurança do local registraram o momento em que ao menos cinco indivíduos, encapuzados, lançaram os artefatos explosivos, o que motivou o clube a reunir evidências e solicitar uma investigação detalhada. "Reunimos gravações e um relatório do segurança para facilitar o trabalho da polícia e garantir que os responsáveis sejam identificados e punidos", acrescentou Euro Maciel Filho.
O Palmeiras, que se prepara para os próximos desafios no Campeonato Brasileiro, se vê em um cenário de pressão após a eliminação na Copa do Brasil. Contudo, a prioridade agora é garantir a segurança de seus atletas e funcionários, e a resposta à violência será uma questão central na luta do clube por um ambiente esportivo mais seguro e respeitável.
A diretoria do Palmeiras espera que a autoridade policial atue rapidamente, garantindo que o futebol possa ser novamente um espaço familiar, longe da criminalidade.
Fonte:
Euro Bento Maciel Filho - sócio do escritório Euro Filho & Tyles Advogados Associados e mestre em Direito Penal pela PUC-SP.